Um lugar de rara beleza onde quase tudo é sépia, mas, nem
tudo é, porque a aridez do solo unida à falta de precipitação no Sertão, faz a
Caatinga hibernar e mostrar o significado do nome que carrega, mata branca, é
assim que se traduz Caatinga em Tupi Guarani.
Estar presente onde quase tudo é sépia durante os dias do
carnaval de 2013 foi um grande privilégio, exceto por ver expressões da dor dilacerante
na face de alguém, que mesmo doente teve que esperar passar os dias de carnaval para que
a dor fosse sanada.
A ausência de médicos que dita às regras do jogo, onde quem é penalizado é sempre quem deveria receber cuidados.
É certo que isso não acontece apenas nos rincões do Brasil, tampouco a falta de médicos é privilégio dos dias em que se festeja o carnaval...
Seu Zé, como é conhecido, é o morador mais antigo da região, tem sido exposto ao evangelho nesses 3 anos, possui muitas crendices, mas, ouve a palavra pregada com atenção.
A ausência de médicos que dita às regras do jogo, onde quem é penalizado é sempre quem deveria receber cuidados.
É certo que isso não acontece apenas nos rincões do Brasil, tampouco a falta de médicos é privilégio dos dias em que se festeja o carnaval...
Seu Zé, como é conhecido, é o morador mais antigo da região, tem sido exposto ao evangelho nesses 3 anos, possui muitas crendices, mas, ouve a palavra pregada com atenção.
A ONG Pão é Vida, (idealizada pelos Missionários: Ronaldo e Joana) perfurou um poço que está mudando as cores
da paisagem nesse lugar chamado Baixas, e está possibilitando que em meio a mais
uma terrível seca, pessoas possam ter acesso á água limpa para matar a sede de
suas famílias e de seus animais.
Nas proximidades do local existe um poço que deveria fornecer a água para os moradores, porém, o poço
é cercado de controvérsias, pelos
embates verbais entre quem precisa da água e quem libera a água, ele está mais
para o poço da discórdia... Uns afirmam que o tal poço é do governo e, portanto
deveria distribuir água para os moradores dos sítios, outros moradores da
região dizem que até vão buscar o precioso líquido, porém o mais comum é voltar
sem ele, e assim a marcha dos opressores sobre os oprimidos dá o tom no reino da
terra seca.
Em 2010 voluntários da ONG enfrentaram dificuldade com falta
d água, parte da equipe ficou sem banho após realizar um dia de atendimento
médico e atividades em uma das comunidades... A partir desse incidente, nasceu à
ideia de perfurar um poço para minimizar o sofrimento dos moradores e também proporcionar
que novas cores fossem inseridas na paisagem do Sertão. Isso foi possível através
de um projeto de irrigação com o objetivo de desenvolver potencialidades e
gerar renda para moradores do sítio das Baixas, tido por muitos até pouco
tempo, como o pior sítio de um dos municípios mais pobres do Brasil.
É impossível não se emocionar ao olhar o verde das
plantações em meio à paisagem seca, e o vai e vem de moradores que durante todo o
dia entra e sai com seus jumentos pela porteira da Base operacional da ONG para
buscar água limpa para suprir necessidade de de seus animais e de suas famílias.
Se é fácil idealizar e manter um projeto assim funcionando?
Não, certamente quem convive de perto sabe a luta enfrentada no cotidiano, para
que as coisas funcionem e não parem.
Não se muda uma realidade pela contemplação, e sim pela ação
organizada e pelo esforço que se emprega, quando alguém ama de fato uma causa,
apoia, investe e deseja ver seu avanço.
Nos dias 9-12 de fevereiro de 2013 estivemos junto com
outros voluntários e parceiros realizando visitas na Baixa grande, exibindo
filme nas Baixas e levando brinquedos para crianças da Kizanga e comunicando
que nos dias 18 e 19 de fevereiro iremos realizar a exibição de um documentário
sobre a criação do Universo no local, e levar cestas básicas para os moradores
que estão como todos os sertanejos sofrendo com a estiagem.
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