QUEM SOMOS?

Um casal de empreendedores, que são cristãos batistas  que  por 7 anos serviu a Deus na sua comunidade cristã em Pelotas, e poderiam continuar por lá, mas Deus foi lhes dando oportunidade de aprender para melhor servir:  curso de obreiros, missiologia, capacitação do Haggay,  MMI – Marriage Ministries International - Instituto de formação de multiplicadores espirituais - Cutitiba e estudos Missio teológicos   - Centro de treinamento da Cru_Brasil em São Paulo.



Por Aristóbulo Lima

Nestes dias em que a regra é sempre o “primeiro eu, o resto que se exploda”, onde o egoísmo e a ganância imperam e o cruel jogo da sobrevivência nos impele a passar por cima uns dos outros em nome do êxito e riqueza pessoal, é difícil crer que ainda possa existir um altruísmo autêntico e verdadeiro.
Também pudera, tantos e tantos casos de pseudo-filantropos que se aproveitam da generosidade alheia e até de fundos governamentais para locupletar os próprios bolsos nos fazem ficar “cabreiro” ante qualquer demonstração do que será algo verdadeiramente pensado para o próximo.
Mas não podemos perder a esperança e SIM o verdadeiro trabalho altruísta, pensado, gerido e voltado para o próximo, para os menos validos na vida, em detrimento do enriquecimento pessoal, existe e pode ser encontrado bem perto da gente.
Dois estados tão distintos e tão distantes um do outro neste nosso continental país. Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, o Brasil se encontra na solidariedade, através da ação de um jovem casal, ele, um gaúcho, Ronaldo Henzel, ela uma potiguar, currais-novense por sinal, Joana Darc, a primeira vista um casal como outro qualquer, gente de classe média, poderia se passar por um casal de profissionais liberais, comerciantes, funcionários públicos etc., mas não, eles exercem um dos mais nobres trabalhos filantrópicos, através da ONG (Organização Não-Governamental) Pão é Vida.
Quem não conhece o trabalho da ONG (Organização não-Governamental) Pão é Vida, deveria conhecer. Eles escolheram como meio de vida desenvolver uma ação de inclusão social, fundado no trabalho voluntário e sem qualquer vinculação com *órgãos públicos instituições ou igrejas, dentro de um velho ônibus Marcopolo II, eles peregrinam entre cidades do alto sertão de Pernambuco e Alagoas, uma das regiões mais sensíveis, para não dizer miseráveis, do país, levando muito além de um assistencialismo barato, mas sim profissionalização, capacitação profissional, oficina de leitura, assistência médica, tudo isto sem custo algum às comunidades.
Atualmente eles estão baseados na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco, cidade conhecida não só pelas suas confecções, mas também pela sua incomum violência urbana.
É fácil criticar o estado por não estar presente nas comunidades mais desvalidas do país o difícil é arregaçar as mangas e buscar preencher os espaços vazios deixados por este estado ausente. E isto Ronaldo e Joana fazem.
Nesse mundo em que a ascensão social e o enriquecimento, ou tentativa de enriquecimento, a todo custo são uma regra, uma maldita regra que se impele passar uns por cima dos outros, lagar tudo, todas as regras deste jogo infame chega a beirar as fronteiras do absurdo. Absurdo?! Absurdo seria não pensar no próximo.

 * Observação: Ao fundar a OSC Pão é Vida de fato, não havia nenhuma instituição governamental ou eclesiástica comprometida em  ajudar financeiramente, foi assim que tudo começou; com amor, fé e coragem
O tempo passou, e aos poucos, o nosso trabalho foi sendo compreendido, como um motor home remete a viagens de lazer, ao comprarmos um, as pessoas demoraram para compreender que nossa missão sobre rodas voltado para servir ao próximo e anunciar as boas novas do Evangelho.

Fontes: Jornal: a Notícia  e www.passadocontinuo.blogspot.com




                        HISTORIA DE VIDA HUMANA

Houve um tempo em que Joana D´arc era apenas uma menina sertaneja, que caminhava quilômetros por estradas empoeiradas para ir ao grupo escolar chamado: Pedro Cipriano Dantas (nome do meu Bisavô que doou terreno para construir a escola). Nasceu no Sertão do Rio Grande do Norte; seus pais, Geraldo Dantas de Medeiros e Marilene Dantas, é sobrinha do poeta e escritor Celestino Alves, também Norte Rio Grandense. Aos 18 anos Joana foi para São Paulo, onde trabalhou em empresas como a Wrangler e C. Prata LTDA. Se profissionalizou como cabeleireira na Teruya (renomada escola de cabeleireiros de São Paulo) e Design gráfico. Joana é cristã batista. É presidente da ONG PÃO É VIDA e desbrava os lugarejos do Sertão levando as atividades até as comunidades.
Aos 20 anos conheceu um empresário gaúcho em São Paulo, onde gerenciava uma empresa. Ronaldo Henzel possuía uma sólida empresa de publicidade, A RRH - Comércio e Representações, atuante em 68 municípios do Rio Grande do sul. Casaram de fevereiro de 1998 na cidade de Pelotas, onde viveram por mais de 7 anos. Em 2004 compraram um Motor Home e decidirem morar nele rodando pelo Nordeste Braseiro, desenvolvendo diversos projetos.
UMA FRASE DELA: O mundo é feito de pessoas que fazem a história, ou sofrem a história.

FONTE: Trecho extraído da revista C. Novos em destaque 2009.

ELES FORAM ESCOLHIDOS PARA REPRESENTAR ESSA CAUSA ENTRE MAIS DE 500 LEITORES
PROCURAM-SE MAIS BRASILEIROS COMO ESTES

- Eles embarcaram em um sonho - 
Não foi preciso ir muito longe para encontrar exemplos inspiradores de brasileiros que constroem um novo país a cada dia...
É um ônibus velho, do tipo que parece que vai arriar no próximo buraco. Quando desponta num povoado nordestino, tem jeito de aparição. O povo olha desconfiado. De dentro da lataria desce, então, uma moça franzina, com jeito de menina, e um homem grande, de sorriso maior ainda. Joana D’Arc, ela se apresenta. O nome da santa guerreira não ajuda a dissipar a estranheza. Ele se chama Ronaldo Henzel. Sobrenome de gringo que não se ouve por aquelas paragens. “O que esse povo anda querendo neste fim de mundo?”, é o que os sertanejos pensam, à primeira olhada. Por sorte, Ronaldo e Joana querem muito...
O casal estaciona seu ônibus em um povoado do Nordeste e vai arregimentando gente que pode fazer alguma coisa pelo vizinho. Qualquer coisa. Cortar cabelos, ensinar a bordar ou preparar um remédio caseiro, escrever uma carta ou dar uma receita para o milho crescer mais robusto. Todo mundo sempre tem algo de que o outro precisa. Ou não sabe. Marcam, então, um dia para o encontro da comunidade. E nesse dia começa um mutirão, um troca-troca de experiências.
O casal fica dois meses em cada povoado. A idéia é que o povo pegue gosto, descubra a força da organização, da vida compartilhada nas horas ruins, nas horas boas. Depois de plantar essa semente, Ronaldo e Joana pulam para dentro do ônibus e seguem para o povoado seguinte. De tempos em tempos voltam, para ter certeza de que a planta que cravaram em chão de seca cresceu resistente como um dos mandacarus da região.
Quem é essa dupla que pensa que é anjo? Joana, de 30 anos, nasceu numa família de mascates, fugiu da fome e da seca vividas na pequena Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Ronaldo, de 45, nasceu no outro Rio Grande, o do Sul, numa família de imigrantes alemães, e virou representante comercial em Pelotas. O encontro improvável só poderia acontecer em São Paulo, a babel de todos os Brasis. Ronaldo passou por lá a negócios e aproveitou para comprar presentes numa loja. Joana D’Arc, mais uma entre milhares de migrantes nordestinos, atendeu o cliente. A partir dali, muitas cartas, três encontros e um casamento que já dura uma década.
Em 1999, eles tinham dois destinos de férias diante deles: dez dias em Nova York ou 30 dias no Nordeste. Escolheram a segunda opção. A viagem começou pelo litoral e enveredou pelo sertão. “Você vai conhecer agora o outro Brasil”, disse Joana ao marido. “Eu dizia que o Nordeste era o último lugar para onde eu iria”, afirma Ronaldo. “Hoje, digo que é o último lugar de onde vou sair.” Foram três viagens em seis anos. E, finalmente, a decisão. O casal ignorou os conselhos da família, vendeu o negócio em Pelotas e fez de um ônibus que muito já tinha sacolejado pelas estradas gaúchas um misto de casa de lata e sonho ambulante.
Já na viagem de ida, o primeiro atropelo. O ônibus bateu o motor ainda no interior da Bahia. Joana D’Arc e Ronaldo atravessaram três Estados arrastando-se a 20 quilômetros por hora. O destino era o sertão da Paraíba, mas no interior de Pernambuco o ônibus pifou de vez. A cidade era Santa Cruz do Capibaribe.
                        CORAÇÃO SERTANEJO
Joana D’Arc nunca pôde esquecer a terra que teve de abandonar. Na foto, ela ensina moradores do povoado pernambucano de Algodão a pintar
Dinheiro eles não tinham. Ronaldo vendeu, então, uma moto que havia trazido de Pelotas. Mesmo assim, faltavam quase R$ 2 mil para o conserto. “Estávamos meio desanimados quando uma criança entrou, curiosa para ver como é que era uma casa dentro de um ônibus”, diz Joana. “Os pais dela vieram correndo atrás, preocupados. Explicamos que nosso objetivo era iniciar um projeto social, mas que o motor tinha quebrado e não sabíamos o que fazer.”
Os pais do menino voltaram no dia seguinte com um amigo mais bem posicionado na vida. “A gente se propôs a ajudar, ainda meio desconfiados, porque tem muita gente aproveitadora por aí. Mas, até hoje, nunca me decepcionei”, diz o empresário Antônio Andrade Filho. Ele apresentou o casal a outro amigo, Marcos Vilázaro, que levou Ronaldo até a oficina mais próxima, em Caruaru. “Quando chegamos lá, ele explicou que era de um projeto, ofereceu até a lateral do ônibus para fazer propaganda como forma de completar o pagamento. Ficou lá se humilhando e os caras nem deram bola”, diz Marcos. “Juntei outros empresários e a gente pagou o que faltava para consertar o motor. Depois, compramos outra moto e doamos para o projeto. Porque tem lugar aonde o ônibus não chega e eles estavam indo a pé, levando as coisas num carro de mão.”
Joana D’Arc e Ronaldo, finalmente, puderam seguir em frente. Sacolejando, claro. Em cada povoado, Joana prepara um pão caseiro para comungar com a comunidade no dia festivo em que todos se reúnem. A ONG foi batizada com o nome de “Pão é Vida”. “A gente chega aqui, corta o cabelo e conversa com essas pessoas tão bacanas. Sai mais bonito por dentro e por fora. A gente se sente bem só de pensar que tem quem se lembre da gente sem pedir nada em troca”, diz a agricultora Maria da Silva, de Algodão, em Pernambuco. “Conheci o projeto quando eles passaram nas escolas do meu município, Toritama. Não consegui mais deixar de comparecer. Só você vivendo para sentir a felicidade de participar”, afirma a professora Isabel Cordeiro.
O sonho de Ronaldo e Joana só conta com a ajuda de 16 colaboradores. Os R$ 350 mensais mal dão para bancar a comida e o combustível da equipe. Eles já venderam a casa em Pelotas para seguir adiante. Tudo o que têm agora é esse ônibus mambembe, ano 1979, com mania de quebrar. E uma felicidade que vem de um tipo imaterial de riqueza. “Nunca vamos abandonar o ônibus. Vamos continuar levando ajuda e uma mensagem de esperança para tudo que é lugarzinho desse Nordeste aí”, diz Joana D’Arc, com seu sorriso de moça tímida.
Marco Bahe, Renato Dalto e Débora Rubin

CASAL QUE LEVA CIDADANIA AO SERTÃO - TV GLOBO JAN/09


Um gaúcho de Pelotas encontrou uma menina do Rio Grande do Norte, em São Paulo, que se tornou a mulher de sua vida! Ronaldo foi a trabalho na loja de Joana e insistiu por carta e telefone durante vários meses. Eles se encontraram por apenas três vezes em um ano e casaram! 7anos anos depois, venderam tudo e assumiram o sonho de viajar e morar em um ônibus para desenvolver um projeto social no sertão brasileiro.
O casal criou um projeto com oito frentes de conscientização dos sertanistas para que eles tenham como agir para conseguirem seus sonhos. Oficinas de leitura, de corte de cabelo, de artesanato, palestras motivacionais e preventivas estão dentre as ações empregadas. A ideia deles é não só dar o peixe, mas ensinar a pescar. Hoje, o projeto tem 40 voluntários, mas a ideia é ampliar. “Estamos semeando algo que hoje não se dá muita importância, mas, daqui há alguns anos, as crianças terão outra consciência”, finaliza Joana.